Solidariedade entre o Brasil e Cuba

 Uruguai, Paraguai, Argentina e Brasil dividem anualmente em torno de 400 vagas

Todos os anos, normalmente do fim de janeiro para o início de  fevereiro acontecem as Brigadas de Solidariedade a Cuba, coordenadas pelo Instituto Cubano de Amizade entre os Povos (ICAP). Pessoas de todo o mundo viajam para Cuba para realizar trabalhos voluntários, conhecer a cultura do país, a história, as pessoas, enfim, ver com os próprios olhos a ilha que desperta curiosidade em todo o mundo e prestar solidariedade.

A Brigada Sul-Americana congrega as vagas oferecidas ao Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. São cerca de trezentas pessoas desses quatro países, cem das quais brasileiras. Para participar, os interessados devem buscar em seus estados as Casas de Amizade Brasil-Cuba. Este ano a participação foi mediante investimento de U$305, que incluiu a estadia durante os 14 dias da viagem, alimentação completa, programação e todos os traslados realizados no país.  O custo da passagem de ida e volta foi arcado por cada participante.

Existem mais de duas mil Casas de Amizade a Cuba em todo o mundo, todas ligadas ao Instituto Cubano de Amizade entre os Povos (ICAP). O objetivo das Casas é ser um canal diferenciado de informação da realidade social, cultural e política de Cuba. Uma das principais causas é o movimento contra o fim do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos há 49 anos.

Solidariedade cubana ao Brasil

O médico cubano Osvaldo Oliva Aloma há 14 anos trabalha no Brasil, atuando em programas de saúde da família. Logo após terminar sua especialidade em medicina geral integral, na Universidade de Havana, veio para o país em missão de ajuda e colaboração ao estado de Roraima, onde permaneceu por três anos trabalhando nos bairros de periferia e no Hospital Estadual de Roraima. Em seguida se transferiu para o sudeste. Atualmente trabalha em Piraju (SP).

Segundo ele, as missões de solidariedade fazem parte do dia a dia do médico cubano. Atuam neste momento em mais de 20 países do mundo principalmente da América Latina e da África, ou seja, em países mais pobres, com populações carentes e com doenças provocadas pela falta de saneamento básico e de políticas adequadas de saúde. Toda médico que se forma em cuba sabe que em algum momento será convocado para estas funções por que já faz parte da formação acadêmica. “As participações nestas missões geralmente são voluntárias e sem remuneração, o médico recebe alimentação e habitação e a família em Cuba recebe o salário habitual”, conta ele.

Texto: Vinícius Gallon / Imagem: Divulgação

 



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