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Bush diz que vai deportar todos imigrantes ilegais

(23/10/05)


Washington - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse neste sábado que o objetivo de seu governo é deportar todas as pessoas que entram ilegalmente no país, "sem exceções". Aproximadamente 11 milhões de imigrantes ilegais residem atualmente nos Estados Unidos.

Em seu programa semanal de rádio, o presidente prometeu rigor contra os ilegais, mas, ao mesmo tempo, promoveu seu plano para dar permissões temporárias de trabalho a estrangeiros.

Ele destacou que a Lei de Orçamento para o Departamento de Segurança Nacional, assinada na terça-feira, permitirá a seu governo reforçar a vigilância fronteiriça e ampliar os centros de detenção para estrangeiros. O presidente deixou claro seu objetivo: mandar de volta a seu país "toda pessoa que tenha entrado ilegalmente (nos EUA), sem exceções".

Um dos motivos é a falta de espaço nos centros penitenciários, explicou Bush, o que obriga as autoridades a pôr muitos não mexicanos em liberdade após marcar uma data para comparecer aos tribunais. "A maioria nunca se apresenta e desaparece nas sombras de nossas comunidades", disse o presidente, que enfatizou que esta política de "capturar e soltar" é "inaceitável".

Para tentar resolver o problema, Bush ressaltou que aumentará em 10% a capacidade dos centros de detenção, graças a US$ 3,7 bilhões contemplados para este fim na Lei assinada nesta semana. A lei também destina US$ 2,3 bilhões à Patrulha Fronteiriça. Bush explicou que com esses recursos serão contratados mais mil novos agentes, os aparelhos tecnológicos com que trabalham serão melhorados, ampliadas as estações de vigilância na fronteira e instalados mais muros e barreiras.

O presidente também mencionou em sua mensagem seu plano para outorgar permissões temporárias de trabalho a estrangeiros. Bush disse que as medidas policiais contra os imigrantes ilegais "não podem funcionar a menos que sejam parte de uma reforma migratória ampla". "Trabalharei com os membros do Congresso para criar um programa que proporcione à nossa economia a força de trabalho que necessita sem prejudicar os trabalhadores americanos e sem dar uma anistia", prometeu.



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