CASLA - NOTÍCIAS


Bush defende guerra preventiva

(06/04/03)


No rádio, líder diz que as nações livres não podem esperar sentadas por novos atentados

WASHINGTON - O presidente americano, George W. Bush, disse ontem que a guerra do Iraque deixou claro que "as nações livres não podem sentar e esperar" enquanto inimigos planejam outro ataque ao estilo do 11 de setembro.

Em seu programa semanal de rádio, Bush prometeu que as forças de invasão continuarão lutando até o governo de Saddam Hussein tenha sido deposto, e disse que os aliados dele enfrentarão acusações de crime de guerra.

"Vilarejo por vilarejo, cidade por cidade, a liberação está chegando", disse ele. "O povo do Iraque tem minha promessa: nossas forças combatentes irão pressionar até que seus opressores partam e seu país inteiro esteja livre", disse Bush, que planeja encontrar-se com seu aliado de guerra, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, amanhã e terça-feira na Irlanda do Norte.

Bush, que está na residência presidencial de descanso em Camp David, disse que a guerra no Iraque é parte de "uma grande e justa causa". Ele tentou vincular o Iraque à rede Al-Qaeda, acusada pelos atentados de 11 de setembro de 2001, mas nenhuma prova definitiva foi estabelecida.

"As nações livres não podem sentar e esperar, deixando os inimigos planejarem um outro 11 de setembro - dessa vez, talvez, com o terror químico, biológico ou nuclear", disse Bush.

"Nós removeremos as armas de destruição em massa das mãos dos assassinos em massa. E ao defender nossa segurança, estamos livrando o povo do Iraque de um dos mais cruéis regimes da Terra. Os EUA e nossos aliados prometemos agir se o ditador não se desarmasse. O regime do Iraque está aprendendo agora que mantemos nossa palavra", disse.

Bush estabeleceu uma nova doutrina militar de ações preventivas, que assegura aos EUA o direito de atacar países que julgarem uma ameaça.

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu ontem por telefone a Bush manter aberto o diálogo político sobre o Iraque com o líder americano, apesar de suas sérias divergências, informou o Kremlin. Putin adotou nos últimos dias um tom mais brando, apesar de Moscou manter sua dura oposição à guerra no Iraque.

"Durante a discussão dobre a crise iraquiana, a importância da continuidade de intenso diálogo político entre os dois países foi enfatizada, apesar das conhecidas divergências em suas posições", informou o Kremlin em um comunicado.

O objetivo das conversações seria "encontrar uma resolução que atenda aos interesses da comunidade internacional", informou o Kremlin, acrescentando que o telefonema foi iniciativa de Bush. (Reuters e AP)



há mais de 20 anos na Luta pela Integração Latino-Americana